terça-feira, 8 de junho de 2010

Acho que isso é amor..

A gente nunca deveria se acostumar com o amor. Deveríamos ter sempre essa sensação de novo, novidade, como se a cada manhã estivéssemos descobrindo o nascer do dia e nos extasiássemos diante do espetáculo como se ele jamais tivesse acontecido antes. Falta cuidados com o amor, com a nobreza dele, e é por isso que muitas vezes a chama dele se apaga.
O frio no estômago passa logo que o amor toma posse, o coração bate mais rápido na hora e menos rápido no decorrer dos dias. A saudade precisa de mais tempo para ser sentida, e os hábitos começam a se instalar. A diferença básica entre homens e mulheres é que os homens são mais racionais, vêem e ouvem somente o que querem se satisfazem com mais com a mais física facilidade, já as mulheres são as guardadoras de sonhos, que fazem com que muitos relacionamentos continuem mesmo depois que o sentimento acabou, as mulheres tem o dom de acharem tudo uma maravilha, um conto de fadas que se inicia a cada relacionamento que começa. As mulheres trazem sempre no peito, bem guardadinha a caixinha de promessas do primeiro encontro, dos primeiros suspiros, primeiras palavras trocadas, guardam datas, tentam adivinhar os desejos, lembram do primeiro beijo, se especializam em surpresas e esperam secretamente serem adivinhadas.
Uma coisa muito importante que aprendi com o tempo foi que o amor não é um conjunto de compatibilidades, mas a aceitação das incompatibilidades. Não amamos uma outra pessoa quando ela tem algo que nos agrada, mas quando o que não nos agrada torna-se menos importante, mesmo se continua a existir. O amor está na diferença do contrapeso. Para se guaradar um amor é preciso ter a memória fraca para certas coisas e um coração desesperadamente atento para outras, é preciso conhecer certos detalhes, e dar-lhes a devida importância, apreciar o pôr do sol como se fosse a primeira vez e se dar as mãos como se elas nunca tivessem se separado.

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